Dr. Richard Andrei Marquardt – Cirurgia Geral e Bariatrica

“É de suma importância entendermos que as pedras na vesícula mesmo sem sintomas , devem ser tratadas “.

MOSTRANDO A IMPORTANCIA DO CALCULO VESICULAR OU PEDRA NA VESICULA

É uma doença muito prevalente e acomete 10 a 15% da população mundial.

Pode ser assintomática , ou seja , sem sintomas , ou pode cursar com cólicas abdominais na região direita superior do abdômen irradiando para as costas e ombro direito. Geralmente após alimentos gordurosos , com estufamento e náuseas ou vômitos associados após início da dor .

Dentre as colecistopatias ou doenças da vesícula  biliar , a pedra na vesicula biliar  é a doença  mais comum da vesicula , seguida dos pólipos e o adenocarcinoma ou câncer vesicular. 

Dr Richard especialista em pedra na vesícula

Dr Richard Marquardt é cirurgião especialista em

cirurgia laparoscópica com muita experiência em cirurgia da vesícula biliar . Cuidado com excelência da sua saúde . Com mais de 150 avaliações de atendimento cinco estrelas pelo Google .

Pedra na vesícula diagrama

A vesicula biliar é  uma glândula digestiva  localizada abaixo do fígado e auxilia na digestão  de gordura.

Não é a vesícula biliar que produz a bile , e sim , o fígado . Portanto , mesmo se existir pedras na vesícula ou se precisarmos realizar a retirada da vesícula , não teremos prejuízo na absorção dos nutrientes e na digestão da gordura proveniente dos alimentos . 

A vesicula biliar armazena a bile que é  produzida no figado  . O alimento passando pelo início do intestino, estimula a vesicula  biliar a liberar a bile para auxiliar na digestão  de gorduras . 

Não precisa se preocupar . Não teremos deficiências nutricionais quando operarmos a vesícula. Pode acontecer uma fase adaptativa  intestinal . Frente a alimentos muito gordurosos , poderá  haver diarreias.  Mas é  adaptativa e melhora com o tempo .

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Consequências da pedra na vesícula

¨Devo operar minha vesícula sempre que apesentar cálculos ? A resposta é SIM…..

pedra no canal do pâncreas vinda da pedra na vesícula

Cálculo que migrou para o pâncreas vindo da vesícula

Se não operarmos a vesícula o que pode acontecer :

  • colecistite aguda
  • pancreatite biliar( figura acima )
  • coledocolitíase ( ou pedra no canal do fígado )
  • colangite ou infecção da árvore biliar hepática
  • infecção grave e sepsis

Mesmo as pedras na vesícula serem muitas vezes assintomáticas, o problema está relacionado na hora que resolver iniciar os sintomas . E isso pode acontecer sem dar aviso prévio.

Notem que as complicações e consequências podem ser muito graves se não tratadas .

A colecistite aguda é uma inflamação da vesícula pelo cálculo obstruindo a passagem da bile . A pancreatite biliar também vem da obstrução do ducto pancreático pela pedra proveniente da vesícula . A coledocolitíase é a presença do cálculo no canal do fígado podendo trazer sérias complicações . E por fim , a colangite , é a infecção da arvore biliar do fígado , podendo levar o paciente a infecção grave e morte .

Para prevenir futuros problemas , o melhor é fazer a cirurgia da vesícula.

Os fatores de risco para formação da pedra na vesícula são:

  • idade acima 40 anos 
  • sexo feminino tem 3x mais chance
  • obesidade
  • diabetes
  • históra familiar
  • doença inflamatória dos intestinos
  • gravidez
  • jejum prolongado com internação prolongada
  • dietas restritivas
  • cirurgias bariátricas

Como se originam as pedras na vesícula  ?

pedras na vesicila , mostrando o tamanho

A bile é  composta por colesterol e sais biliares.  A maioria dos cálculos da vesícula são formados por precipitação  do colesterol da bile dentro da vesícula  que já possui um grau de discinesia ( prejuízo de contração e motilidade ) . Com a dificuldade de contrair , ocorre a precipitação  desse colesterol e sais biliares , originando as pedras da vesicula. 

Qual a importância  do tamanho da pedra na vesícula  ?

Cálculos maiores estão mais relacionados com crises de cólica  biliar , colecistite aguda , ou seja , quanto maior a pedra , mais possibilidade  de dor e inflamação.  

Alguns estudos mostram a relação  de cálculos maiores de 3 cm com adenocarcinoma de vesicula biliar ou câncer  de vesicula , ou seja, existe também uma possibilidade  da pedra na vesícula  causar um câncer  nesse órgão. 

Cálculos menores ou cristais , são responsáveis  por quadros de coledocolitíase ou pedra no canal do fígado, colangite ( infecção ) por migração  do cálculo e pancreatites . Por serem menores , os cálculos  migram mais para o canal do fígado causando o entupimento da bile proveniente do fígado , ou seja , o melhor é sempre fazer a cirurgia .

O que é  lama biliar ?

É  um estado de condensação  da bile dentro da vesicula biliar sem ainda ter a formação de pedras. Geralmente não causa sintomas e há medicações  para liquefazer a bile , já  que a lama biliar poderá  originar as pedras na vesícula. 

Fazer o acompanhamento com equipe médica com exames será fundamental para entender se a lama biliar vai virar bile normal ou cristalizar e gerar pedras ou cálculos . E se cristalizar , teremos que fazer a operação ( colecistectomia )

Pólipo da Vesicula biliar  

Em geral não ocasionam sintomas . 

Devem ser acompanhados com ultrassom anual.  

Se múltiplos ou maiores que 10 mm o ideal é  indicar a colecistectomia para remoção  da vesicula  e dos pólipos pelo risco do pólipo malignizar.

Apareceu pedra na vesícula no meu Ultrassom , e agora ?

ultassom mostrando pedra na vesicula

Imagem de uma pedra na vesícula em um exame de ultrassonografia .

Primeiramente vamos entender que 80% dos pacientes encontram pedras na vesícula por acaso , fazendo um ultrassom de rotina .

Porém , não se deve esperar para ter os primeiros sintomas para indicarmos o tratamento da pedra na vesícula.

A colecistectomia videolparoscópica deve ser feita mesmo em pacientes sem sintomas , pois as consequências , como vimos acima , podem ser muito graves .

Mas , se você faz parte dos 20 % que apresentam sintomas de dores abdominais , estufamentos , e náuseas ou vômitos pós alimentares, é importante que faça o exame de ultrassonografia abdominal para identificar se existe cálculo ou pedra na vesícula.

Coledocolitíase ou pedra no canal do fígado  

colédoco , mostrando a possibilidade de conseguencia de coledocolitíase

Colédoco ou canal do fígado

em verde por onde passa o cálculo .

A coledocolitiase  que é  a presença  desses cálculos na via biliar principal ou canal principal da bile e pode gerar uma condição  de colestase ( represamento da bile no figado ) e evoluir para colangite ( infecção  das vias biliares represadas) e pancreatite biliar .

Sinais e sintomas : dor na região abdominal , náuseas , estufamento ou vômitos podem aparecer . Mas quando o paciente apresenta a pele e escleras( branco do olho ) amareladas ( icterícia ) com urina escura , podemos pensar em migração do cálculo da vesícula para o canal do fígado e obliteração da passagem da bile.

cálculo no interior do colédoco

Cálculo da vesícula que migrou para o interior do canal do fígado

O diagnóstico é confirmado por ultrassom abdominal ou por colangiorressonância.

O tratamento pode ser via endoscópica ou por laparoscopica para remover os cálculos no canal do fígado.

colangiosrressonancia  mostrando pedrna no canal do fígado

Cálculo no canal do fígado ( seta vermelha )

Como é realizada a colecistectomia ou retirada da vesicula ?

” Devemos entender que a cirurgia da vesícula é mandatória na presença de cálculos pelas complicações graves que podem acontecer repentinamente”

É a cirurgia mais prevalente do sistema digestivo . A vesicula biliar sempre necessita ser removida juntamente com os cálculos ou pedras sem repercussões para sua saúde ou digestão.

A cirurgia da vesícula por laparoscopia com equipe em centro cirúrgico

Realizamos a colecistectomia por videolaparoscopia com  apenas 4 furinhos no abdômen. A cirurgia é rápida com duração de  15 a 30 minutos e o internamento é curto , menos de 12h de internação . Retorno as atividades habituais em 05 dias e atividades de força após 21 dias.

Recuperação é rápida depois de uma colecistectomia por video .

dr richard e pedra na vesícula

Dr Richard Marquardt é cirurgião especialista em

cirurgia laparoscópica da vesícula biliar . Cuidado humanizado e com excelência.

Depoimentos de pacientes

Quais são os riscos da colecistectomia ?

“Os riscos sempre serão maiores se deixarmos a vesícula com cálculos¨.

  • sangramentos 
  • vazamento de bile
  • lesão de vias biliares ( canal do fígado )
  • infecções e abscessos

Porém, devemos lembrar que temos mais riscos em complicações  relacionadas às pedras na vesícula ou a doença em si , do que as complicações  cirúrgicas da remoção da vesícula .

A retirada da vesicula biliar ou colecistectomia causa problemas  ?

Não precisa se preocupar . Não teremos deficiências nutricionais e muito menos problemas de digestão . Pode acontecer uma fase adaptativa  intestinal .

Frente a alimentos muito gordurosos , poderá ocorrer uma mudança do padrão evacuatório , as vezes , diarréias.  Mas é  adaptativa e melhora no prazo de alguns meses .

Pedra na vesícula depois de cirurgia bariátrica …

Após a cirurgia bariátrica , especialmente nos primeiros 6 meses , acontece uma perda abrupta e acentuada de peso .

Além disso, temos uma diminuição de alimentos passando pela região do intestino que estimula a contração e motilidade da vesícula .

Esses fatores , contribuem para formação de cálculo vesicular ou pedra na vesícula .

Todos os pacientes com perda de peso acentuada devem acompanhar de rotina a vesícula biliar, não sendo diferente no pós operatório de cirurgia bariátrica .

Mesmo sem sintomas , deve ser feito uma ultrassonografia nos primeiros 6 meses da cirurgia baríatrica para entendermos se existe a presenças de pedra na vesícula ou início de lama biliar .

A maioria dos cálculos são pequenos após a cirurgia bariátrica , e por esse motivo merecem mais atenção . Pois , quanto menor uma perdra , ou cálculo , mais chance de migrar para o canal do fígado e trazer maiores complicações .

Por isso , temos que operar o quanto antes um paciente que apresenta pedra na vesícula após uma cirurgia bariatrica.

Fonte : https://cbc.org.br/

https://www.facs.org/










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